Guia do Pipetador

Pipeta

Ferramenta para análise e técnicas de pipetagem em laboratório

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Por Msc. Diana do Vale Leão
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Manual de Pipetagem

1. Introdução à Pipetagem

A pipetagem é uma técnica fundamental em laboratórios de biologia molecular e bioquímica. A precisão na transferência de volumes é essencial para garantir resultados confiáveis em experimentos científicos. Este manual fornece orientações detalhadas sobre como utilizar diferentes tipos de pipetas corretamente e seguir as melhores práticas.

Dica importante

A precisão na pipetagem pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso de um experimento. Dedique tempo para dominar esta técnica fundamental.

Antes de começar qualquer procedimento de pipetagem, é importante entender os princípios básicos de funcionamento das pipetas e como diferentes fatores podem afetar a precisão da transferência de líquidos.

2. Tipos de Pipetas

2.1 Pipetas Volumétricas (ou de Bulbo)

Projetadas para dispensar um único volume específico. São simples de usar e geralmente mais precisas para o volume específico para o qual foram projetadas. Ideais para procedimentos repetitivos que requerem sempre o mesmo volume.

  • Descrição: Fabricadas em vidro ou plástico, medem um volume fixo com alta precisão
  • Uso: Preparação de soluções padrão e diluições críticas.
  • Vantagem: Alta precisão (geralmente classe A).
  • Limitação: Volume único (não ajustável).
  • Pipeta Volumétrica

    2.2 Pipetas Graduadas

  • Descrição: Possuem escala para medir volumes variados. Requerem pipetador ou pera de sucção para aspirar o líquido.
  • Uso: Transferência de líquidos quando a precisão absoluta não é crítica.
  • Vantagem: Versatilidade para múltiplos volumes.
  • Limitação: Menor precisão que a volumétrica (erros de paralaxe).
  • Pipeta Volumétrica

    2.3 Pipetas Pasteur

  • Descrição: Tubos de plástico ou vidro sem graduação.
  • Uso: Transferência rápida de líquidos não estéreis ou viscosos.
  • Vantagem: Baixo custo e descartáveis.
  • Limitação: Não fornecem medição precisa.
  • Pipeta Volumétrica

    2.4 Pipetas Eletrônicas

  • Descrição: Utilizam motores para aspirar e dispensar líquidos, reduzindo a fadiga do operador e aumentando a precisão.
  • Funcionalidades: Modos especiais como dispensação repetitiva, diluição e titulação.
  • Uso: Ideais para procedimentos longos ou que exigem alta precisão.
  • Modelos: Podem ser monocanal (uma ponteira) ou multicanal (várias ponteiras).
  • Pipeta Volumétrica

    2.5 Pipetas Monocanais

    Também chamadas de pipetas automáticas, elas permitem ajustar o volume dentro de uma faixa específica. São versáteis e adequadas para laboratórios que realizam diversos procedimentos com volumes variados. Utilizam ponteiras específicas para cada capacidade.

  • Descrição: Instrumentos de precisão para volumes pequenos (0,1 µL a 1000 µL).
  • Modelos Comuns:
    • P2: 0,2–2 µL
    • P10: 0,1–10 µL
    • P20: 2–20 µL
    • P200: 20–200 µL
    • P1000: 100–1000 µL
  • Uso: PCR, ELISA, análises moleculares.
  • Vantagem: Alta reprodutibilidade.
  • Limitação: Exigem calibração periódica e ponteiras específicas.
  • Pipeta Volumétrica

    2.6 Pipetas Multicanais

    Trabalham de forma similar as pipetas monocanais.

  • Descrição: Permitem a transferência simultânea de volumes iguais para múltiplos poços (geralmente 8 a 12 canais).
  • Uso: Essenciais para trabalhos com placas de microtitulação (ex.: 96 poços).
  • Vantagem: Economizam tempo em procedimentos de alto rendimento.
  • Limitação: Requerem ponteiras específicas.
  • Pipeta Volumétrica

    3. Tipos de Ponteiras

    3.1 Ponteiras Comuns (universais)

    • Cores padrão:
      • Azul ou incolor (1000 µL), amarela (200 µL), incolor (10/20 µL).
    • Uso: Pipetagem geral de líquidos não agressivos.
    Pipeta Volumétrica

    3.2 Ponteiras com filtro

    • Descrição: Contêm barreira de celulose para evitar contaminação.
    • Uso: Manipulação de ácidos nucleicos, reagentes tóxicos ou PCR.
    • Vantagem: Previne contaminação cruzada por aerossóis.
    Pipeta Volumétrica

    3.3 Ponteiras estéreis

    • Uso: Experimentos em microbiologia ou cultivo celular.
    • Obs.: Nunca reutilize ponteiras estéreis após o primeiro uso.
    Pipeta Volumétrica

    4. Utilidades da Pipetagem no Laboratório

    • Montagem de reações químicas ou biológicas.
    • Transferência precisa de volumes pequenos.
    • Preparo de soluções e diluições.
    • Coleta e distribuição de amostras.

    5. Como Usar Micropipetas Corretamente

    5.1 Ajuste do volume

    • Puxe o botão giratório, e gire-o para regular o volume desejado.
    • Nunca ultrapasse os limites máximo e mínimo da pipeta.
    • Aperte o dispensador para travar o volume.

    5.2 Colocação da ponteira

    • Insira a ponta da pipeta na ponteira com firmeza.
    • Encaixe firmemente para evitar vazamentos (nunca bata a ponteira).
    • Não toque na parte inferior para evitar contaminação.

    5.3 Aspiração do líquido

    • Pressione o êmbolo até o primeiro estágio/ ponto de resistência.
    • Mergulhe a ponteira no líquido (2-3 mm) (evite encostar no fundo do frasco).
    • Solte lentamente para aspirar.

    5.4 Dispensa do líquido

    • Pressione até o primeiro estágio para liberar o volume.
    • Pressione até o segundo estágio para eliminar resíduos.

    5.5 Descarte da ponteira

    • Ejete a ponteira diretamente no coletor de resíduos (não remova com as mãos).

    6. Cuidados e Boas Práticas

    • Nunca pipete sem ponteira.
    • Evite inclinar excessivamente a micropipeta.
    • Mantenha o equipamento sempre limpo.
    • Use sempre ponteiras compatíveis.
    • Não force o volume além do limite indicado.
    • Treine a ergonomia para evitar lesões por esforço repetitivo.
    • Nunca deite a micropipeta com líquido no interior.
    • Calibração: Realize a cada 6–12 meses (ou conforme normas do laboratório).
    • Armazenamento: Guarde na posição vertical (suporte próprio).

    7. Principais Erros a Evitar

    • Aspirar líquido diretamente para o corpo da pipeta.
    • Ajustar volume com a ponteira já contendo líquido.
    • Pipetar rapidamente, gerando bolhas.
    • Não verificar se a ponteira está bem encaixada.
    • Pipetar com angulação incorreta (causa subestimação do volume).

    8. Segurança no Laboratório

    • Utilize sempre equipamentos de proteção individual (EPI): luvas, jaleco, óculos.
    • Pipete substâncias tóxicas sob capela.
    • Conheça as fichas de segurança dos reagentes.

    9. Manutenção e Conservação

    • Limpe o corpo da pipeta com álcool 70% (evite acetona).
    • Verifique vazamentos: Se houver resistência anormal busque manutenção.
    • Lubrificação de componentes internos conforme indicação do fabricante.
    • Checagem de vedação.
    • Armazenamento em suporte próprio.

    10. Glossário Rápido

    Termo Significado
    Microlitro (µL) Um milésimo de mililitro (muito usado na pipetagem)
    EPI Equipamento de Proteção Individual
    Contaminação cruzada Transferência indesejada de substâncias entre amostras
    Capela Equipamento para manipulação segura de substâncias voláteis ou tóxicas
    Paralaxe Erro de leitura devido ao ângulo de visão (evite em pipetas graduadas)
    Aerossol Partículas suspensas que podem contaminar amostras ou o usuário

    11. Conclusão

    Pipetar com precisão é um diferencial para qualquer profissional de laboratório. Treine com paciência, siga as orientações de segurança e mantenha o equipamento em perfeitas condições. Com o tempo, a pipetagem se tornará uma habilidade natural e indispensável.

    Checklist de Segurança e Precisão

    1. Antes de pipetar:

    2. Durante a pipetagem:

    3. Após o uso: